Primeira igreja da cidade, datada de 1737, está ligada a
criação de Acari. Foi construída através de solicitação do Capitão-Mor Manuel
Esteves de Andrade, o fundador da cidade, ao Bispo de Olinda. O desejo de
construir a capela, foi da mãe de Manuel Esteves que, ao se mudar para a região
por conta das fazendas de gado, gostaria de trazer sua mãe para morar com ele.
Mas ela, por sua vez, impôs a condição de que ele deveria construir uma capela
em homenagem a Nossa Senhora da Guia, ao qual ela era devota. Ele foi a Recife
e fez a petição no ano supracitado de 1737. Segundo relatos ele havia começado
a construção da capela antes, mas a documentação oficial estabelece a data como
referência. Sua construção foi finalizada em 1738, e a capela começa, então a
funcionar. Ela passou por reformas e ficou sendo a igreja Matriz de Acari de
1835 à 1867, até a imagem de Nossa Senhora da Guia ir para a nova Igreja
Matriz. Então, com a nova matriz, retorna a ser capela, recebendo a denominação
de Nossa Senhora do Rosário, devido a irmandade de Nossa Senhora do Rosário,
com os negros do Rosário, que se perdeu pela questão do falecimento de seus
membros. A igreja é tombada pelo IPHAN e, juntamente com o museu histórico de
Acari, são alguns dos únicos patrimônios tombados na região do Seridó. Funciona
apenas às segundas de 19h00m às 20h00m para ofícios religiosos, mas encontra-se
aberta para 104 visitações. Está localizada na Rua Dr. José Augusto, S/N,
Centro. A edificação é de alvenaria de pedra e tijolos. O frontispício, com
cornija e frontão alteados, e vergas em arco abatido, é uma simplificação do
modelo corrente na região de Pernambuco na segunda metade do século XVIII
(Recife, Capela de Nossa Senhora da Conceição das Jaqueiras). No interior,
destaca‐se o conjunto policromado e dourado da capela‐mor (retábulo, forro e
arco‐cruzeiro), com desenho próprio da época de D. Maria. A igreja foi
classificada (tombada) pelo IPHAN em 1964. Entre 1969 e 1979, passou por uma
série de modificações, incluindo reparos gerais, eliminação das galerias, dos
altares laterais e dos arcos que se abriam para a capela‐mor e a nave
(CARVALHO, 2016).
FONTE – PREFEITURA DE ACARI